Nutricionistas do Núcleo de Apoio à Saúde da Família: descrição e análise das atividades profissionais

Objetivo: descrever e analisar a atuação do profissional Nutricionista na Atenção Primária a Saúde, de acordo com a portaria GM nº 154 de 24 de janeiro de 2008, a partir de experiências vivenciadas pelos nutricionistas atuantes nos NASF dos municípios da região 23 do RS. Métodos: Trata-se de pesquisa qualitativa. As informações foram coletadas através de entrevista semi-estruturada realizada com todas as nutricionistas da região 23 do RS totalizando um total de 3 sujeitos. As entrevistas foram gravadas e transcritas na integra e analisadas o seu conteúdo segundo os preceitos de Bardin (2006). Resultados: Destacamos que todos os profissionais desenvolvem atividades como: Visita Domiciliar; Reunião de Equipe; Grupos; Ações multiprofissionais; Apoio Matricial; Ações Intersetoriais; Clínica Ampliada; Atendimentos Individuais e/ou Compartilhado. Conclusão: Apenas os profissionais N1 e o N3 atuam de acordo com a portaria GM nº 154 de 24 de janeiro de 2008, os mesmos demonstraram clareza e entendimento referente as diretrizes, a lógica e as ferramentas de trabalho do NASF.

O hibridismo da psicologia em unidade de saúde da atenção primária

Este artigo, síntese do trabalho de conclusão da Residência Integrada em Saúde do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), tem o intuito de compreender o lugar, considerando os efeitos, os limites e as potencialidades da atuação não legitimada, em termos de políticas de saúde, de psicólogos que integram equipes de Saúde da Família, e atuam diretamente em unidades do serviço de Atenção Primária em Saúde (APS) do GHC. A discussão do tema parte de cenário teórico composto por atravessamentos essenciais, como: concepção ampliada de saúde, princípios do Sistema Único de Saúde e da APS, sua articulação com a Saúde Mental(SM). Assim, foi realizado um estudo exploratório com metodologia qualitativa, tendo como instrumentos diário de campo e entrevistas semiestruturadas com nove psicólogas do Serviço de Saúde Comunitária (SSC) do GHC. O material produzido foi analisado através da hermenêutica dialética e análise de implicação, tendo como fio condutor os objetivos do estudo e o campo conceitual trabalhado. Dentre outras questões, foram trazidas dificuldades na diferenciação entre psicologia e SM, sendo a primeira tida como especialidade em muitas situações. Quanto ao exercício dessa prática na APS, a proximidade com a comunidade e o fazer conjunto com a equipe foram consideradas grandes potencialidades, já a falta de legitimação nas políticas de saúde foi entendida como uma dificuldade. Mesmo sem essa legitimação, entretanto, a maioria sente-se à vontade para ocupar este lugar. A elaboração de diretriz para psicologia e/ou saúde mental no SSC/GHC foi considerada um dispositivo importante para maior efetividade do trabalho desse profissional neste serviço

A implementação da PNAISH em uma equipe de atenção primária: perspectivas e desafios

Este estudo objetivou conhecer e analisar o processo de implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) em uma equipe de atenção primária em saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratário. Os sujeitos foram sete profissionais representantes de diferentes núcleos de atuação, que, através de entrevista com roteiro semiestruturado, revelaram suas percepções sobre a PNAISH e as açõs realizadas, que contemplam a saúde da população masculina. O estudo revelou o desconhecimento dos profissionais em relação às diretrizes e princípios da PNAISH, o que evidencia seu complexo processo de implantação. Os entrevistados ainda ressaltaram possíveis medidas, apontando caminhos que oportunizariam a efetivação da política na Atenção Primária em Saúde.

A longitudinalidade no processo de trabalho na atenção primária em saúde

A Atenção Primária à Saúde possui alguns atributos que a caracterizam no que diz respeito ao modelo de atenção, a longitudinalidade é considerada característica central e exclusiva deste modelo. O presente estudo qualitativo aborda esta temática, no formato de estudo de caso, teve como objetivo analisar como se constitui o atributo da longitudinalidade no trabalho desenvolvido por uma Unidade de Saúde na perspectiva de seus trabalhadores e usuários. Para isso, se realizou grupo focal, entrevistas e análise de prontuários. Identificou-se que a longitudinalidade se caracteriza por elementos como a afetividade e disponibilidade. O tempo de vinculação do usuário com a Unidade de Saúde foi um fator que favoreceu a longitudinalidade, bem como a resolutividade e postura acolhedora. O elemento “conhecer o usuário”, surgiu como prática que viabiliza e sustenta o mesmo atributo. Apontou-se que a vinculação de todos os membros da família, no que se refere a longitudinalidade, ainda não é uma realidade no contexto da Unidade de Saúde. Também se destacou a necessidade de qualificação nos registros dos prontuários

O apoio matricial em saúde mental pode contribuir para o desenvolvimento dos atributos da Atenção Primária à Saúde?

Este trabalho buscou conhecer as experiências de apoio matricial em duas Unidades de Saúde de um Serviço de Saúde Comunitária do município de Porto Alegre/RS, relacionando-as aos atributos de acesso, integralidade, longitudinalidade e coordenação do cuidado, que orientam o trabalho das equipes de Atenção Primária à Saúde (APS). Trata-se de um estudo qualitativo que foi realizado em 2013, por meio de dois grupos de discussões com profissionais de duas equipes de saúde da família deste serviço. A realização do estudo teve como objetivo realizar produção teórica que contribua para a discussão dos elementos necessários para a produção de um atendimento mais integral e resolutivo neste âmbito de atenção à saúde. Utilizou-se como referencial teórico documentos do Ministério da Saúde e autores que enfocam o apoio matricial como um arranjo organizacional que proporcionam cuidado integral a saúde e práticas menos fragmentadas entre as especialidades. Da pesquisa derivaram dois artigos: um com enfoque nas concepções de matriciamento; e este, que explora a relação do apoio matricial com os atributos da APS como uma estratégia que contribui para a efetivação de seus atributos no cotidiano do cuidado, qualificando e aumentando a resolutividade dos serviço e a reorganização do modelo de atenção à saúde.

Telessaúde como educação continuada e permanente: um relato de experiência

A Telessaúde contribui para a ampliação do acesso ao cuidado em saúde com qualidade, independente de onde o cidadão resida. Também é uma ferramenta amplamente utilizada no mundo para a formação em saúde e ampliação de resolutividade no nível primário de atenção. Com a teleassistência, da suporte à decisão clínica. Pela tele-educação, permite promover a educação com aulas ou palestras transmitidas em tempo real ou de forma assíncrona. Diminui custos com deslocamentos de pacientes e profissionais e aumenta as atividades de prevenção das doenças. A finalidade deste trabalho é relatar uma experiência de utilização da Telessaúde para a capacitação de profissionais atuantes na Atenção Básica, especificamente em equipes de Estratégia de Saúde da Família. Para aperfeiçoar o conhecimento de todos os profissionais que atuam na Unidade Central de Saúde, surgiu a iniciativa de que na primeira quarta-feira de cada mês, os mesmos participariam de webpalestras da Telessaúde, ao vivo ou gravadas. Fazem parte dos profissionais que assistem as webpalestras as seguintes categorias: enfermagem, odontologia, medicina e os Agentes Comunitários de Saúde. Também utiliza-se a Plataforma Telessaúde para enviar dúvidas clínicas para a regulação, sendo que as mais solicitadas são as que oferecem respostas assíncronas. Imprevistos de ordem técnica ocorrem em algumas situações. Houve grande aceitação por parte dos profissionais que participavam das webpalestras e utilizavam a Plataforma Telessaúde.Os mesmos e reconhecem como uma ferramenta ímpar para a educação continuada e permanente e para suporte clínico no seu cotidiano de trabalho.

Uma escola na saúde para a saúde ir a escola: espaço de formação para a integralidade

O presente projeto de intervenção procura demonstrar a importância do Programa Saúde na Escola (PSE). Esse programa foi instituído em 2007 e busca fortalecer os trabalhos desenvolvidos pela saúde no ambiente escolar, visa fortalecer também a parceria entre o SUS e a rede de Educação. Este projeto tem como objetivo contribuir para o fortalecimento e a continuidade do Programa Saúde na Escola nas regiões Leste/Nordeste de Porto Alegre. A abordagem metodológica se dá a partir da consolidação de um Espaço de Educação Permanente em Saúde, local onde os trabalhadores da saúde e da educação poderão socializar o conhecimento que possuem sobre a temática, produzir e socializar experiências e principalmente fortalecer o conhecimento.

Serviço social no contexto das equipes de atenção primária do serviço de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição

O resultado da pesquisa aqui apresentado é fruto de nossa vivência como assistente social residente do Programa de Residência Integrada do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), na ênfase da Saúde da Família e Comunidade. O presente estudo teve como objetivo analisar a percepção dos assistentes sociais em relação às demandas atribuídas ao serviço social pelas equipes de trabalho noServiço de Saúde Comunitária (SSC) do GHC, a fim de evidenciar a identidade do serviço social na atenção primária em saúde. O estudo teve como base o trabalho realizado nas doze unidades de saúde do SSC do GHC. A pesquisa foi de natureza qualitativa, com orientação epistemológica do método dialético critico. O universo da pesquisa foi constituído pelos assistentes sociais (preceptores, residentes e contratados) que trabalham no SSC, e amostra foi não probabilística e intencional. Para a coleta de dados utilizamos dois grupos focais. A análise dos dados indica que a profissão ainda é visualizada em alguns espaços sócio ocupacionais como uma pratica policialesca e coercitiva e há necessidade de estar sempre se reafirmando enquanto profissional, dentro das equipes. A educação permanente é reconhecida pelos Assistentes Sociais como um recurso pedagógico, a fim de romper com esta visão mais assistencialista que a profissão carrega historicamente. Foi possível também identificar o reconhecimento das competências/atividades desenvolvidas pelas assistentes sociais dentro das equipes, no entanto pouco se evidenciou a clareza das assistentes sociais em relação a vinculação de sua prática profissional ao projeto ético-politico da profissão

Violência doméstica contra mulher: reflexões a partir da análise de documentos de uma Unidade Básica de Saúde da Zona Norte de Porto Alegre

Este artigo é resultado da pesquisa desenvolvida no Programa de Residência Integrada em Saúde do Grupo Hospitalar Conceição – Ênfase em Saúde da Família e Comunidade. Nossa temática principal é a violência, onde ela consegue mostrar sua face mais cruel e onde ainda é possível invisibilizar-se: a Violência Doméstica Contra Mulher. Constitui-se em uma pesquisa documental de cunho qualitativo, embasada no método dialético crítico. Propôs-se a refletir aspectos do trabalho da Atenção Primária em Saúde, a partir do nosso objetivo, que foi analisar os acompanhamentos realizados pela equipe da Unidade de Saúde Santíssima Trindade aos casos de Violência Doméstica Contra Mulher, dando enfoque aos desdobramentos produzidos pela equipe frente a estes casos, considerando as potencialidades bem como as fragilidades deste nível de atenção.

Acolhimento em saúde mental na atenção primária em saúde: uma revisão bibliográfica

O artigo objetiva identificar e analisar a produção científica sobre o tema acolhimento em saúde mental na atenção primária em saúde. Trata-se de uma revisão bibliográfica, qualitativa com coleta de dados em bases virtuais das principais revistas da área da saúde, a Scientific Eletronic Library Online, na Biblioteca Virtual em Saúde, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e nas Bases de dados de Enfermagem. Evidencia-se que, após o surgimento da Política Nacional de Atenção Básica e da Estratégia de Saúde da Família como modelo de reorganização da atenção, foi direcionado o cuidado para questões emergentes no que se refere à saúde mental e à promoção da saúde. O acolhimento fortalece a Estratégia de Saúde da Família, pois mobiliza os profissionais para ações reflexivas, ativas, sensíveis, éticas, solidárias, dialógicas, ao recuperar o sentido da clínica, contribuindo significativamente para a construção e a consolidação dos princípios do Sistema Único de Saúde e da Reforma Psiquiátrica.

Matriciamento na Atenção Primária: como os trabalhadores entendem esta prática

O matriciamento é uma proposta para organização do trabalho, que busca inovar as práticas na saúde, por meio de um trabalho compartilhado entre equipes de referência e de apoio especializado, que possibilitaria encontros para construir um novo saber entre as profissões. Neste artigo discute-se sobre as concepções de matriciamento e as experiências desenvolvidas, especialmente em saúde mental, em duas unidades de Atenção Primária de um serviço de saúde de Porto Alegre/RS. A pesquisa foi desenvolvida por duas residentes que pretendiam investigar este tema junto a equipes que se constituíram originalmente como equipes ampliadas, contatando com profissionais da Psicologia e do Serviço Social. Desenvolveram-se dois grupos de discussões com os profissionais das unidades de saúde e do matriciamento, o que possibilitou um espaço reflexivo, onde ratifica-se que o matriciamento visa inovar práticas na saúde, desenvolvendo-se por meio de um trabalho compartilhado, dialógico e interdisciplinar para garantir à integralidade na Atenção Primária em Saúde, vindo a ofertar um apoio aos profissionais da atenção primária para as situações que necessita ampliar seu conhecimento e para construir um novo saber comum a eles. Em contrapartida, constatou-se um entendimento de que o matriciamento auxilia na atenção integral dos usuários, mas também pode estar relacionado com questões econômicas o que inviabiliza a contratação de algumas categorias profissionais, que auxiliariam na concepção de saúde investindo em ações de promoção e prevenção e em um trabalho mais coletivo. As principais ações referidas como de matriciamento foram: discussões de caso, atendimento conjunto, visitas domiciliares e educação permanente.

Relato de experiência do profissional farmacêutico inserido no apoio as equipes de saúde da família no município do Rio de Janeiro

Este relato de caso descreve os serviços realizados pelo farmacêutico ao apoio das equipes da estratégia de saúde da família (ESF) no Município do Rio de Janeiro, no âmbito da assistência farmacêutica local (territórios de saúde das comunidades assistidas), bem como expõe a importância da formação especializada, residência em saúde da família e comunidade, para o trabalho no âmbito da estratégia da saúde da família e comunidade.

Avaliação dos medicamentos descartados pelos usuários em uma unidade de saúde de Porto Alegre/RS

O uso irracional e o descarte inadequado de medicamentos são problemas de relevância pública que demarcam a importância deste trabalho na Atenção Primária à Saúde (APS). Para avaliar os medicamentos descartados pelos usuários na Unidade de Saúde Santíssima Trindade - Porto Alegre – RS, este estudo descritivo e quantitativo foi realizado por meio da análise dos itens depositados na caixa de coleta de medicamentos vencidos e/ou não mais usados da referida Unidade de Saúde. Após análise dos dados observou-se que: 74,03% dos itens não estavam vencidos; as classes de medicamentos mais descartadas foram de antidiabéticos e medicamentos que agem no sistema cardiovascular, totalizando 29,86%; 75,32% dos medicamentos descartados eram sólidos; 53,24% pertenciam à Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) de Porto Alegre; 75,32% eram de administração por via oral; 29,87% eram amostras-grátis; 58,44% apresentaram o conteúdo da embalagem primária completo; 29,87% eram medicamentos sujeitos a controle especial. A temática descarte de medicamentos compõe uma rede interligada de causas, efeitos e fatores que deve ser trabalhada como um todo. A APS, próxima à vida cotidiana do usuário, trabalhando com equipe multiprofissional e na perspectiva do conceito ampliado de saúde, é um campo possível para entender e problematizar essa realidade de forma efetiva.

População em situação de rua: o acesso na atenção primária em saúde

Invisíveis, excluídos, sem teto. Muitos são os nomes dados às pessoas que vivem nas grandes cidades brasileiras. O acesso aos cuidados básicos de saúde e exclusão social está entre as maiores dificuldades enfrentadas por essa população. Este é um estudo de revisão da literatura sobre o acesso da população de rua e atenção primária em saúde. Buscou-se através do estudo verificar como o morador de rua acessa os serviços de atenção primária em saúde no Brasil

Formação multiprofissional como tecnologia para qualificar a Atenção Primária à Saúde no SUS: avaliação de um programa de residência

A estratégia de saúde da família foi implantada pelo Ministério da Saúde em 1994, para orientar o sistema de saúde brasileiro em direção a Atenção Primária em Saúde. A partir de então a ampliação da cobertura de equipes de ESF tem estado entre as metas do governo. Para consecução deste propósito o perfil dos profissionais e a formação se caracterizam como um grande diferencial, com papel determinante em uma reorientação desta magnitude e abrangência. A Residência Multiprofissional em Saúde foi uma das políticas criadas neste sentido. O Grupo Hospitalar Conceição oferece esta modalidade de formação desde 2004. Este trabalho tem como objetivo; avaliar a adequação do Programa de Residência Integrada em Saúde, na ênfase Saúde da Família e Comunidade, do GHC, como uma tecnologia de formação de profissionais de APS para o SUS, através de dados coletados junto com seus egressos. É um estudo de caso descritivo com associação da metodologia quantitativa e qualitativa, orientado pela avaliação de inferência causal proposta por Habicht. A coleta de informações se deu de maneira virtual através de um questionário semiestruturado em formaro autoaplicável. A população pesquisada foram 74 profissionais egressos do Programa formados entre os anos de 2005 e 2008. O estudo contou com a participação de 77% dos egressos do Programa. Os dados encontrados revelam uma população de profissionais jovens, do sexo feminino. Estes profissionais exercem suas atividades em 19 cidades, sendo que, na cidade Porto Alegre se concentram mais da metade deles. 76% dos egressos estão vinculados ao setor público e 40% atuam diretamente na APS. A maioria dos participantes alterou a forma de perceber a realidade em APS, melhorou suas habilidades e aumentou os conhecimentos. As evidências produzidas no estudo fornecem subsídios para considerar o Programa como uma tecnologia adequada à formação de profissionais em APS para o SUS.

Formação multiprofissional como tecnologia para qualificar a Atenção Primária à Saúde no SUS: avaliação de um programa de residência

A Estratégia de Saúde da Família foi ampliada pelo Ministério da Saúde, em 1994, para orientar o sistema de saúde brasileiro para Atenção Primária à Saúde. A partir de então, a ampliação da cobertura de equipe de ESF tem sido uma das metas do Ministério da Saúde. Numa reorientação desta magnitude e abrangência, a adequação do perfil dos profissionais que atuam no sistema pode significar um grande diferencial. A Residência Multiprofissional em Saúde foi uma das políticas criadas neste sentido. O Grupo Hospitalar Conceição oferece esta modalidade de formação desde 2004. Objetivo: Avaliar a adequação do Programa da Residência em Saúde, na ênfase Saúde da Família e Comunidade, do GHC, como uma tecnologia de formação de profissionais em APS para o SUS, atráves de dados coletados junto a egressos do Programa. Métodos: o delineamento é um estudo de caso descritivo com associação da metodologia quantitativa e qualitativa. A coleta das informações se deu de maneira virtual atráves de um questionário semiestruturado em formato autoaplicável. A população pesquisada foram 74 profissionais egressos do Programa formados entre os anos de 2005 e de 2008. Resultados: O estudo contou com a participação de 77% dos egressos do Programa. Os dados encontrados revelam uma população de profissionais jovens, predominante, do sexo feminino. Estes profissionais exercem suas atividades em 19 cidades, sendo que na cidade de Porto Alegre se concentram mais de metade deles 49% atuam diretamente na APS. 76 % tem vínculo empregatício com o setor público. A maioria dos participantes afirma que a formação alterou a forma de perceber a realidade em APS, melhorou suas habilidades e aumentou os conhecimentos. Conclusões: As evidências produzidas no estudo fornecem subsídios para considerar o Programa como uma tecnologia adequada à formação de profissionais de saúde em APS para o SUS.

A atuação da enfermeira em pré-natal de baixo risco: uma revisão bibliográfica

O estudo tem o objetivo geral de descrever como os artigos relatam sobre a atuação da enfermagem no pré-natal de baixo risco de acordo com os princípios priorizados pelo Manual Técnico de Pré-Natal e Puerpério e do Programa de Humanização do Pré Natal e Nascimento do Ministério da Saúde (MS). Foi realizada a busca dos trabalhos científicos com idioma em português em bases de dados e bibliotecas da área da saúde. Para selecionar o material, utilizou-se a BIREME e o Google Acadêmico. Para tanto, foi adotado como metodologia uma abordagem qualitativa com caráter descritivo de revisão bibliográfica de trabalhos científicos nacionais de 2004 a 2010. As categorias foram divididas em duas: consulta de enfermagem e início de pré-natal e, dentro desta, a captação precoce. Com relação à consulta de enfermagem, os artigos destacam a importância dos protocolos institucionais para desenvolver uma assistência mais qualificada, planejada e com respaldo legal. Quanto ao início de pré-natal, a maioria dos artigos demonstrou a importância de que a assistência comece antes do término do primeiro trimestre. Nessa perspectiva, devemos desempenhar e desenvolver as competências, de acordo com os padrões estabelecidos pelo MS e pelos protocolos municipais, pois esta é a base de sustentação para um adequado desempenho das atividades e para garantia da qualidade no pré-natal.

As barreiras sócio-culturais e institucionais existentes entre os homens e os serviços de Atenção Primária à Saúde

A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) foi implantada em 2009 pelo Ministério da Saúde com o objetivo de facilitar e ampliar o acesso dos homens aos serviços de saúde. No entanto, apesar da criação desta política especifica aos homens, ainda existem barreiras para que ela seja implantada e implementada adequadamente: essas barreiras são denominadas barreiras sócio-culturais e barreiras institucionais. Esta pesquisa analisa como são abordadas na PNAISH as barreiras sócio-culturais e institucionais existentes entre os homens e os serviços de Atenção Primária à Saúde, na intenção de que, ao ressaltar essas barreiras, os serviços possam repensar o seu processo de trabalho e o acesso às ações de saúde para esta população. O delineamento do estudo foi pelo método qualitativo, a partir de uma análise documental da PNAISH, onde a análise das informações foi elaborada através da análise de conteúdo. Sendo assim, podemos observar que, apesar do considerado avanço das ações de saúde do homem com da proposta da PNAISH, a presença dos homens nos serviços de saúde não é algo comum, ainda que os estudos apontem para uma maior ocorrência de doenças crônicas entre os homens, assim como a mortalidade precoce em relação às mulheres. Nesta perspectiva, percebe-se que a eliminação de barreiras que se estabelecem entre a população e os serviços de saúde não é algo fácil, pois envolve aspectos políticos, sociais, culturais e organizacionais, tentando propor sempre a melhor solução para assegurar a população uma assistência à saúde humanizadas e qualificadas.

Uso de intervenções breves na atenção primária em saúde para usuários em uso abusivo de álcool

O consumo abusivo de álcool na Brasil é um grave problema de saúde pública, que vem acarretando e agravando diversos problemas de saúde a usuários, familiares e população de forma geral. Em nosso país, a prevalência ao alcoolismo é de mais de 20 milhões de brasileiros (12% da população brasileira). A partir desta análise é prossível perceber a importância da deteccão precoce do consumo abusivo de álcool, para ações de prevenção e promoção à saúde, atráves do uso das Intervenções Breves com pessoas que usam álccol, em busca de uma melhor qualidade de vida. A Atenção Primária em Saúde (APS) mostra-se um dos melhores níveis de atenção em saúde para o desenvolvimento destas ações citadas, pois atinge grande parte da população. O uso desta estratégia possibilita aos profissionais de saúde intervir precocemente nesta condição de saúde.

Integralidade em saúde mental na Atenção Primária Saúde

Este artigo foi desenvolvido durante a Residência Integrada em Saúde, Ênfase Saúde da Família e Comunidade, Grupo Hospitalar Conceição. O foco deste projeto incide sobre o princípio da integralidade, o qual consiste no direito das pessoas de serem atendidas no conjunto de suas necessidades. Buscamos identificar de que forma a integralidade se expressa no âmbito da assistência em saúde mental na atenção primária em saúde. A pesquisa tem caráter qualitativo, baseamos a amostragem na análise de 07 prontuários de pacientes adultos crônicos portadores de sofrimento, cadastrados junta à Unidade de Saúde Jardim Itu do Serviço de Saúde Comunitária localizada na Zona Norte de Porto Alegre/RS, pertencente ao Grupo Hospitalar Conceição e que são acompanhados pelo, peródo mínimo de seis meses. Ainda, realizou-se 5 entrevistas semi-estruturadas com profissionais que compõem equipe da Unidade de Saúde.