Efeitos hemodinâmicos agudos da nifedipina sublingual em pacientes com insuficiência cardíaca compensada / Acute hemodynamic effects of sublingual nifedipine in patients with compensated heart failure

12 pacientes, 9 homens e 3 mulheres, com idade média de 49 + 6 años, todos portadores de insuficiência cardíaca compensada, foram submetidos a cateterismo cardíaco. As variáveis hemodinâmicas e cineangiocardiográfica obtidas em situaçäo basal e 15 minutos após 20 mg de nifedipina sublingual foram comparadas entre si. Os resultados mostraram: 1. Reduçäo das pressöes média de pulmonar e aorta, máxima de ventrículo direito e diastólica final do ventrículo esquerdo, bem como da resistência vascular sistêmica; 2. Aumento do rendimento cardíaco; 3. Ausência de alteraçöes significativas dos demais parâmetros. Conclui-se que a nifedipina é capaz de melhorar a funçäo do coraçäo como bomba podendo ser usada em pacientes com insuficiência cardíaca

Estudo comparativo dos efeitos hemodinâmicos agudos do verapamil e da nifedipina em pacientes portadores de cardiopatia isquêmica / Comparative study of acute hemodynamic effects of verapamil and nifedipine in patients with ischemic cardiopathy

O presente estudo foi realizado em 16 pacientes com uso de 0,15 mg/Kg de peso de verapamil por via venosa e em 10 outros casos com 20 mg de nifedipina, por via sublingual, todos portadores de cardiopatia isquêmica aterosclerótica obstrutiva. As variáveis hemodinâmicas foram analisadas em situaçäo basal e após uso dos medicamentos. Os resultados obtidos demonstraram que: a pressäo média de átrio direito teve aumento näo significativo com a nifedipina e aumento significativo com o verapamil; houve discreta reduçäo da pressäo média de artéria pulmonar e da pressäo diastólica final de ventrículo esquerdo após o uso dos dois medicamentos; a pressäo aórtica média näo se alterou com a nifedipina, mas diminuiu significativamente com o verapamil; a freqüência cardíaca e o índice cardíaco aumentaram significativamente com a nifedipina, mas näo se alteraram com o verapamil; a resistência vascular sistêmica reduziu significativamente com ambos os medicamentos; o volume diastólico final do ventrículo esquerdo näo se alterou com nenhum dos dois; a fraçäo de ejeçäo do ventrículo esquerdo teve aumento significativo com a nifedipina e discreto aumento com o verapamil; a dP/dp máxima do ventrículo esquerdo reduziu significativamente com o verapamil e teve discreta reduçäo com a nifedipina. A análise da motilidade segmentar do ventrículo esquerdo, antes e após o uso dos fármacos, demonstrou melhora com a nifedipina e praticamente nenhuma alteraçäo com o verapamil

Efeito hemodinâmico agudo do verapamil, usado por via venosa, em pacientes portadores de miocardiopatia primária da forma dilatada / Acute hemodynamic effect of verapamil, used endovenously, in patients with primary dilated cardiomyopathy

Foram estudados, hemodinâmica e cineangiocardiograficamente, 15 pacientes (12 do sexo masculino, 3 do sexo feminino, média de idade 44 anos), portadores de miocardiopatia primária da forma dilatada. As médias obtidas com respectivo desvio padräo da média, em situaçäo basal e 5 minutos após uso de 0,15 mg/kg de peso de verapamil por via endovenosa foram: pressäo no átrio direito 7,4 + ou - 1,6 mmHg e 9,7 + ou - 1, 6 mmHg (p < 0,05); pressäo pulmonar média 27,7 + ou - 3,5 mmHg e 26,5 + ou - 3,5 mmHg (p > 0,05; pressäo diastólica final do ventrículo esquerdo 26,5 + ou - 3,0 mmHg e 25,0 + ou - 3,0 mmHg (p > 0,05); pressäo máxima da aorta 116 + ou - 5,3 mmHg para 105 + ou - 4,5 (p < 0,05); pressäo média de aorta 88,0 + ou - 4,0 mmHg e 80,0 + ou - 4,0 mmHg (p < 0,05); débito cardíaco 4,6 + ou - 0,38 1/m e 4,8 + ou - 0,51 1/min (p > 0,05); volume sistólico de 57, + ou - 7 para 58 + ou - 7 ml/bat (p > 0,05); volume sistólico de 57 + ou - 7 para 58 + ou - 7 ml/bat (p > 0,05); fraçäo de ejeçäo de 23 + ou - 3% para 26 + ou - 4% (p > 0,05); velocidade média de encurtamento circunferencial de 0,31 + ou - 0,05 uc para 0,32 + ou - 0,05 uc (p > 0,05); dp/dt máxima do ventrículo esquerdo diminuiu de 1200 + ou - 100 mmHg/s para 1030 + ou - 90 mmHg/s (p > 0,05). Os resultados demonstram que o medicamento aumenta a pressäo no átrio direito, diminuiu a pressäo arterial sistêmica e, embora diminuindo a contratilidade miocárdica do ventrículo esquerdo, aumenta a pressäo diastólica final, a pressäo pulmonar média, tendendo a melhorar o desempenho do coraçäo como bomba, mesmo em pacientes que apresentem severo comprometimento da funçäo cardíaca

Efeito do uso crônico do verapamil, por via oral, em pacientes portadores de miocardiopatia primária da forma dilatada: novo enfoque terapêutico? / Effect of the chronic use of verapamil by oral route, in patients with primary dilated cardiomyopathy: a new therapeutic approach?

Quinze pacientes, 11 do sexo masculino, com média de idade de 42 anos, portadores de miocardiopatia primária dilatada, em tratamento, sem resposta adequada, com digitálicos, diuréticos, vasodilatadores, dieta e repouso, foram selecionados para a presente investigaçäo. Num período de observaçäo que variou entre 8 e 48 meses, após a introduçäo de 320 mg/dia de verapamil, quatro pacientes passaram da classe funcional III para a I; dos onze restantes, sete passaram da classe IV para a II e quatro faleceram. Desses, dois haviam abandonado o tratamento. Todos os pacientes foram estudados hemodinamicamente, antes da introduçäo do verapamil, e seis foram reestudados um ano após o emprego da droga. Após o segundo estudo hemodinâmico, constatou-se näo terem ocorrido modificaçöes significativas na pressäo média do átrio direito, na pressäo diastólica final do ventrículo esquerdo, na pressäo média da aorta, no débito cardíaco e na dp/dt máxima do ventrículo esquerdo (p >0,05). Houve diminuiçäo significante da freqüencia cardíaca (p <0,05), da pressäo média da artéria pulmonar e aumento significante do volume sistólico, da fraçäo de ejeçäo do ventrículo esquerdo e da velocidade média de encurtamento circunferencial. Esses resultados demonstram que o verapamil pode ser usado como alternativa terapêutica em pacientes portadores de insuficiência cardíaca decorrente de miocardiopatia primária dilatada