RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O sevoflurano é um éter halogenado com flúor que sofre biotransformação hepática através do citocromo P450 2E1. Éteres halogenados que sofrem biotransformação pelo P450 2E1 podem produzir espécies reativas do oxigênio (ERO) e promover enfraquecimento do sistema de defesa antioxidante. O objetivo deste trabalho foi investigar a relação entre a atividade das enzimas antioxidantes eritrocitárias e o sevoflurano. MÉTODO: Os animais foram distribuídos em quatro grupos: Grupo 1 controle: apenas oxigênio a 100 por cento (1 L.min-1 por 60 minutos durante 5 dias consecutivos); Grupo 2 - sevoflurane 4,0 por cento em oxigênio a 100 por cento (1 L.min-1 por 60 minutos durante 5 dias consecutivos); Grupo 3 - isoniazida (i.p.), 50 mg.kg-1 de peso corporal /dia, durante 4 dias e em seguida tratados apenas com oxigênio a 100 por cento (1 L.min-1 por 60 minutos durante 5 dias consecutivos); Grupo 4 - isoniazida por via intraperitoneal na dose de 50 mg.kg-1 de peso corporal, diariamente durante 4 dias, seguido da administração do sevoflurane a 4,0 por cento em oxigênio a 100 por cento (1 L.min-1 por 60 minutos durante 5 dias). Após 12 horas da última exposição ao sevoflurane, os animais foram sacrificados e o sangue foi coletado através da veia porta para análise da atividade das enzimas antioxidantes. RESULTADOS: Aumento da atividade específica da glicose-6-fosfato desidrogenase, diminuição da atividade específica da catalase, principalmente no grupo de animais pré-tratados com isoniazida e, em seguida, tratados com sevoflurano. A glutationa peroxidase não apresentou alteração na sua atividade. CONCLUSÕES: A interação do sevoflurano com indutores enzimáticos do citocromo P450 2E1 pode propiciar a instalação do estresse oxidativo caso a exposição se torne prolongada e repetitiva.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Sevoflurane is a halogenated fluorinated ether that undergoes hepatic biotransformation through cytochrome P4502E1. Halogenated ethers undergoing biotransformation by P4502E1 can produce reactive oxygen species (ROS), weakening the antioxidant defense mechanism. The objective of this study was to investigate the relationship between the activity of erythrocyte antioxidant enzymes and sevoflurane. METHODS: Animals were divided in four groups: Group 1 - control: 100 percent oxygen (1 L.min-1 for 60 min during five consecutive days); Group 2 - 4.0 percent sevoflurane in 100 percent oxygen (1 L.min-1 for 60 minutes during five consecutive days); Group 3 - isoniazid (i.p.), 50 mg.kg-1/ day for four consecutive days, followed by 100 percent oxygen (1 L.min-1 for 60 minutes during four consecutive days); Group 4 - intraperitoneal isoniazid, 50 mg.kg-1 daily for four days, followed by 4.0 percent sevoflurane in 100 percent oxygen (1 L.min-1 for 60 minutes during five days). Twelve hours after the last exposure to sevoflurane, animals were sacrificed and their blood was collected through the portal vein for analysis of antioxidant enzymes. RESULTS: An increase in the activity of glucose-6-phosphate dehydrogenase and a decrease in the activity of catalase were observed, especially in the group of animals pre-treated with isoniazid. Changes in the activity of glutathione peroxidase were not observed. CONCLUSIONS: The interaction between sevoflurane and cytochrome P450 2E1 with enzymatic inducers can lead to oxidative stress with prolonged and repetitive exposure.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El sevoflurano es un éter halogenado con flúor que sufre una biotransformación hepática a través del citocromo P450 2E1. Los éteres halogenados que sufren biotransformación por el P450 2E1, pueden generar especies reactivas del oxígeno (ERO) y promover el debilitamiento del sistema de defensa antioxidante. El objetivo de este trabajo fue investigar la relación entre la actividad de las enzimas antioxidantes eritrocitarias y el sevoflurano. MÉTODO: Los animales fueron distribuidos en cuatro grupos: Grupo 1 control: apenas oxígeno a 100 por ciento (1 L.min-1 por 60 minutos durante 5 días consecutivos); Grupo 2 - sevoflurano 4,0 por ciento en oxígeno a 100 por ciento (1 L.min-1 por 60 minutos durante 5 días consecutivos); Grupo 3 - isoniazida (i.p.), 50 mg.kg-1 de peso corporal /día, durante 4 días y enseguida tratados apenas con oxígeno a 100 por ciento (1 L.min-1 por 60 minutos durante 5 días consecutivos); Grupo 4 - isoniazido por vía intraperitoneal en dosis de 50 mg.kg-1 de peso corporal, diariamente durante 4 días, seguido de la administración del sevoflurano a 4,0 por ciento en oxígeno a 100 por ciento (1 L.min-1 por 60 minutos durante 5 días). Después de 12 horas de la última exposición al sevoflurano, los animales se sacrificaron y la sangre se recolectó a través de la vena porta para el análisis de la actividad de las enzimas antioxidantes. RESULTADOS: Aumento de la actividad específica de la glucosa- 6-fosfato deshidrogenasa, reducción de la actividad específica de la catalasis, principalmente en el grupo de animales pretratados con isoniazida y enseguida, tratados con sevoflurano. El glutatión peroxidasa no presentó ninguna alteración en su actividad. CONCLUSIONES: La interacción del sevoflurano con inductores enzimáticos del citocromo P450 2E1 puede propiciar la instalación del estrés oxidativo en el caso que la exposición se prolongue y sea repetitiva.
Assuntos
Animais , Masculino , Ratos , Anestésicos Inalatórios/farmacologia , Eritrócitos/efeitos dos fármacos , Eritrócitos/enzimologia , Éteres Metílicos/farmacologia , /efeitos dos fármacos , Ratos WistarRESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Ciclos temporais (claro/escuro; nascer/morrer, etc.) ao lado de condições ambientais (sincronizadores) influenciam a fisiologia do parto em função da existência de relógios endógenos (osciladores) que interagem com pistas sociais diuturnas. Nesta revisão foram ordenados os parâmetros anestésico-obstétricos cíclicos mais importantes no atendimento à parturiente. CONTEÚDO: Análise cronobiológica dos principais eventos da fisiopatologia obstétrica da Mulier sapiens: I) Período da embriogênese - risco de teratogênese; II) Da prematuridade ao pósdatismo: do parto eutócico à cerclagem uterina; III) A noite e o parto: maior incidência noturna do parto (facilitação fisiológica) e diurna da cesariana (opção do obstetra); IV) A lua e o parto - resultado não conclusivo; V) plantão noturno na Anestesia Obstétrica: contingência profissional de mais riscos; VI) Tempos da cesariana: retirada fetal: tempo UD (uterotomy - delivery) o mais curto possível; correção eficaz de hipotensão arterial e valorizar o tempo de jejum pré-anestésico; VII) Variação circadiana da distócia: dor; contração uterina; perda sanguínea; hipertensão arterial sistêmica (HAS); risco de alergia e asma brônquica. Na fase noturna há maior intensidade de contração e maiores riscos de hemorragia, de alergia e de asma. Em contraponto, há ausência de variação circadiana da HAS na eclâmpsia; VIII) Cronofarmacologia obstétrica: anestésicos locais, analgésicos, hipnóticos, anestésicos gerais e bloqueadores neuromusculares. A cronergia explica o pico analgésico matinal dos opioides, vespertino dos anestésicos locais e noturno dos anestésicos gerais inalatórios. CONCLUSÕES: A abordagem cronobiológica do atendimento anestésico ao parto na maternidade enfatiza a importância obstétrica da ritmicidade circadiana na humanização e segurança do parto.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Temporal cycles (dark/light; birth/death; etc.), along with environmental conditions (synchronizers), influence labor physiology because of the presence of endogenous clocks (oscillators) that interact with social diuturnal clues. In this review, the most important cyclic anesthetic-obstetric parameters in parturient care are listed. CONTENTS: Chronobiological analysis of the main events in the obstetric pathophysiology of Mulier sapiens: I) Embryogenesis - risk of teratogenesis; II) From prematurity to post-didacticism: from eutocic labor to cervical cerclage; III) Night and labor: higher incidence of nocturnal labor (physiological facilitation) and daylight cesarean section (choice of the obstetrician); IV) The moon and labor - non-conclusive results; V) The night shift in obstetric anesthesia: riskier professional contingency; VI) Phases of cesarean section: removal of the fetus: UD stage (uterotomy - delivery) as brief as possible; effective correction of hypotension and valorize pre-anesthetic fasting; VII) circadian variation of dystocia: pain; uterine contraction; blood loss; hypertension (HTN); risk of allergy and asthma. In the nocturnal phase, the intensity of contraction and risk of hemorrhage, allergy, and asthma are greater. On the other hand, HTN in eclampsia does not show circadian variation; VIII) Obstetric chronopharmacology: local anesthetics, analgesics, hypnotics, general anesthetics, and neuromuscular blockers. Chronoenergy explains the matinal peak of opioid analgesia, vespertine of local anesthetic, and nocturnal of inhalational anesthetics. CONCLUSIONS: The chronobiological approach of labor anesthesia emphasizes the obstetric importance of circadian rhythmicity in labor humanization and safety.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Ciclos temporales (claro/oscuro; nacer/morir, etc.), y las condiciones ambientales (sincronizadores), influyen en la fisiología del parto en función de la existencia de relojes endógenos (osciladores), que interactúan con pistas sociales diuturnas. En esta revisión, fueron abordados los parámetros anestésico-obstétricos cíclicos más importantes en la atención a la parturiente. CONTENIDO: Análisis cronobiológico de los principales eventos de la fisiopatología obstétrica de la Mulier sapiens: I) Período de la embriogénesis y riesgo de teratogénesis; II) de la prematuridad al postdatismo: del parto eutócico al cerclaje uterino; III) La noche y el parto: mayor incidencia nocturna del parto (facilitación fisiológica), y diurna de la cesárea (opción del obstetra); IV) La luna y el parto (resultado no conclusivo); V) guardia nocturna en la Anestesia Obstétrica: contingencia profesional de más riesgos; VI) Tiempos de la cesárea: retirada fetal: tiempo UD (uterotomy - delivery), el más corto posible; corrección eficaz de la hipotensión arterial y valorización del tiempo de ayuno preanestésico; VII) Variación circadiana de la distocia: dolor; contracción uterina; pérdida sanguínea; hipertensión arterial sistémica (HAS); riesgo de alergia y asma brónquica. En la fase nocturna, existe una mayor intensidad de contracción y más riesgos de hemorragia, de alergia y de asma. En contraposición, hay una falta de variación circadiana de la HAS en la eclampsia; VIII) Cronofarmacología obstétrica: anestésicos locales, analgésicos, hipnóticos, anestésicos generales y bloqueadores neuromusculares. La cronergia explica el pico analgésico matinal de los opioides, el vespertino de los anestésicos locales y el nocturno de los anestésicos generales inhalatorios. CONCLUSIONES: El abordaje cronobiológico de la atención anestésica al parto en la maternidad, enfatiza la importancia obstétrica del ritmo circadiano en la humanización y seguridad del parto.
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Feminino , Humanos , Gravidez , Anestesia Obstétrica , Fenômenos Cronobiológicos , Parto ObstétricoRESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Embora a dor aguda e a crônica sejam habitualmente controladas com intervenções farmacológicas, 14 métodos complementares de analgesia adjuvante e alternativa (AAA) podem reduzir o uso e abuso na prescrição de analgésicos e diminuir os efeitos colaterais que eventualmente comprometem o estado fisiológico do paciente. CONTEUDO: Todos os mecanismos antiálgicos atuam através da via espinal de controle da comporta de Melzack e Wall e/ou através da transdução do sinal nos sistemas de neurotransmissão e neuromodulação central relacionados com analgesia, relaxamento e humor: peptidérgico, monaminérgico, gabaérgico, colinérgico e canabinóide. A analgesia adjuvante complementar é habitualmente utilizada nos tratamentos fisiátricos, ortopédicos, reumatológicos, obstétricos e com acupuntura. A analgesia alternativa complementar pode potencializar os métodos analgésicos convencionais, a exposição à luz do sol matutino, luz e cores sob luz artificial, o tempo (T) - anestésicos gerais mais potentes à noite, opióides de manhã e anestésicos locais à tarde, dieta, bom humor e riso, espiritualidade, religião, meditação, musicoterapia, hipnose e efeito placebo. CONCLUSÕES: Se a dor aguda é um mecanismo de defesa, a dor crônica é um estado patológico desagradável relacionado com a depressão endógena e a uma baixa qualidade de vida. É importante estabelecer relações interdisciplinares entre a Medicina adjuvante e alternativa nas terapias analgésicas e antiinflamatórias clássicas.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Although acute and chronic pain are usually controlled with pharmacological interventions, 14 complementary methods of adjuvant and alternative analgesia (AAA) may reduce the abusive prescription of analgesics and the side effects that eventually compromise the patient's physiological status. CONTENTS: The action of every analgesic mechanism is through the spinal gate of Melzack and Wall and/or through signal transduction in the central neurotransmission and neuromodulation systems related to analgesia, relaxation, and mood: peptidergic, monoaminergic, gabaergic, cholinergic, and cannabinoid. Complementary adjuvant analgesia is normally used in physiatric, orthopedic, rheumatologic, and obstetric treatments and acupuncture. It can potentiate conventional analgesic methods: exposure to the morning sunlight; light and colors under artificial light; time (T) - more potent general anesthetics at night, opioids in the morning, and local anesthetics in the afternoon; diet; good spirits and laughter; spirituality, religion, meditation; music therapy; hypnosis; and placebo effect. CONCLUSIONS: If acute pain is a defense mechanism, chronic pain is a disagreeable pathologic state related to endogenous depression and poor quality of life. It is important to establish interdisciplinary relationships between adjuvant and alternative medicine in classic analgesic and anti-inflammatory therapies.
JUSTIFICACION Y OBJETIVOS: Aunque el dolor agudo y el crónico sean habitualmente controlados con intervenciones farmacológicas, 14 métodos complementarios de analgesia adyuvante y alternativa (AAA) pueden reducir el uso y el abuso en la prescripción de analgésicos y disminuir los efectos colaterales que eventualmente comprometen el estado fisiológico del paciente. CONTENIDO: Todos los mecanismos antiálgicos actúan a través de la vía espinal de control de la compuerta de Melzack y Wall y/o a través de la transducción de la señal en los sistemas de neurotransmisión y neuromodulación central relacionados con la analgesia, relajamiento y el humor: peptidérgico, monaminérgico, gabaérgico, colinérgico y canabinoide. La Analgesia Adyuvante Complementaria es habitualmente utilizada en los tratamientos fisiátricos, ortopédicos, reumatológicos, obstétricos y con acupuntura. La Analgesia Alternativa Complementaria puede potenciar los métodos analgésicos convencionales, la exposición al del sol del alba, luz y colores bajo la luz artificial, el tiempo (T) - anestésicos generales más potentes por la noche, opioides por la mañana y anestésicos locales a la tarde, dieta, buen humor y la risa, espiritualidad, religión, meditación, musicoterapia, hipnosis y efecto placebo. CONCLUSIONES: Si el dolor agudo es un mecanismo de defensa, el dolor crónico es un estado patológico desagradable relacionado con la depresión endógena y con una baja calidad de vida. Es importante establecer relaciones interdisciplinarias entre la Medicina adyuvante y alternativa en las terapias analgésicas y antiinflamatorias clásicas.
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Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Adulto Jovem , Teste de Esforço , Tolerância ao Exercício , Consumo de Oxigênio/fisiologia , Corrida/fisiologia , Adaptação Fisiológica , Limiar Anaeróbio , Exercício Físico , Ácido Láctico/sangue , Estatística como Assunto , Esportes/fisiologiaRESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Neste trabalho foram examinados mais de uma centena dos mais felizes acoplamentos de uma mente brilhante com a sorte benfazeja (serendipidade), através da releitura das mais relevantes histórias sobre invenções e descobertas relacionadas à ciência (n = 46), à Medicina (n = 46) e à Anestesiologia (n = 16). CONTEUDO: Conceito de serendipidade; exemplos célebres de serendipidade em Ciência e Tecnologia; serendipidade na pesquisa e prática médicas; serendipidade na Anestesiologia; serendipidade e criatividade na pesquisa. Através da história do desenvolvimento médico, a natureza provou que o caminho mais efetivo e mais barato na obtenção de drogas, instrumentos e serviços pode ser a sorte fortuita porque muitas descobertas são serendípticas. Este artigo educacional encoraja o anestesiologista a apreciar os eventos relacionados com invenções e descobertas científicas, mostrando-lhe que a serendipidade é possível, desde que seja aguardada. Cada descoberta ou invenção inclui história, biografia e explicação científica ou anedótica. Além das descobertas tradicionais como pão, vinho, gravidade, fotografia, velcro, air-bag, etc., há outras relacionadas à Medicina (microscópio, Raio X, vacina, penicilina, insulina, laser, esfregaço de Papanicolaou, etc.), e à Anestesiologia, como: isomeria, luvas, N2O, éter, barbitúrico, benzodiazepínicos, tampão sangüíneo, entre outros. Criatividade e serendipidade podem servir de linha mestra para pesquisa clínica e básica de invenções pioneiras para avanços médicos e anestesiológicos. Realmente, devem-se controlar tópicos relacionados com biologia, anatomia, física, química, fisiologia, farmacologia, astronomia, arqueologia e... muita sorte. CONCLUSÕES: Embora acidentes na pesquisa e na sala de operação sejam lamentáveis, há aqueles que acontecem e, às vezes, podem levar a avanços espetaculares, como tratamentos heróicos e até Prêmios Nobel. Manter a mente aberta é um traço comum àqueles que ensejam contar com a sorte grande, como afirmava o físico americano Henry (1842): "As sementes da descoberta flutuam constantemente à nossa volta, mas apenas lançam raízes nas mentes bem preparadas para recebê-las".
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Humanos , Anestesia/história , Diagnóstico , Medicina Clínica/história , Competência ProfissionalRESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Percentual significativo dos 12 milhöes de negros americanos pode apresentar modificações fisiológicas, fisiopatológicas e farmacológicas capazes de modificar o bom desenvolvimento do ato anestésico; a populaçäo brasileira que se considera afro-descendente (40 por cento) pode também apresentá-las por causa da mesma origem étnica e geográfica. O objetivo desta revisäo é reavaliar o viés da diferença racial em eventuais mudanças no efeito das drogas anestésicas e adjuvantes no ato anestésico. CONTEUDO: A análise dos estudos fisiopatológicos inerentes à histórica migraçäo do gene africano em relaçäo aos caucasianos mostra significativas diferenças raciais entre o negro americano ou africano, sugerindo uma estreita interface entre a genética e o ambiente, capaz de modificar o procedimento anestésico. As condições sócio-econômicas desfavoráveis da populaçäo negra das Américas como resultado de 400 anos de história de escravidäo continuam sempre a influenciar na preservaçäo de diferenças culturais e fisiológicas, além da cor da pele: disfunções de sistemas orgânicos estäo relacionados com o SNC, SCV, respiratório e renal. No entanto, modificações de efeito de drogas anestésicas e seus adjuvantes, como diminuiçäo do efeito analgésico local do creme anestésico EMLA, aumento do efeito hipnótico do propofol e da toxicidade do paracetamol, menor efeito anti-hipertensivo das drogas que reduzem renina (IECA, bloqueadores beta2 e de AT1), menor açäo dos vasodilatadores beta2 e menor fibrinólise do t-PA podem afetar a conduta pré e pós-anestésica, sobretudo em pacientes negros hipertensos, renais, asmáticos ou com acidente vascular cerebral. CONCLUSÕES: Resposta a drogas pode variar entre diferentes populações devido a fatores biológicos (idade, sexo, doença), genéticos, culturais e ambientais. O fator demográfico raça deve ser valorizado na visita ou consulta pré-anestésica para assegurar a profilaxia de reações idiossincrásicas peri-operatórias e salvaguardar o êxito do ato anestésico-cirúrgico
Assuntos
Humanos , População Negra , Anestesia , Sistema Cardiovascular , Sistema Nervoso Central , Etnicidade , Melaninas , Polimorfismo Genético , Sistema RespiratórioRESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: No campo da variabilidade inter-étnica da resposta de drogas anestésicas e adjuvantes existem várias questöes sem resposta. Estamos na iminência de sermos capazes de identificar diferenças raciais herdadas que podem prever a resposta de cada paciente aos anestésicos pelo atual desenvolvimento farmacogenético. CONTEUDO: O conhecimento de fatores inter-étnicos que alteram a resposta à droga permitirá ao anestesiologista evitar reaçöes idiossincrásicas: (1) Branco caucasiano - aumento do efeito diurético da dopamina; apnéia prolongada após succinilcolina ou mivacúrio; arritmias cardíacas após uso de halotano e catecolaminas na síndrome de Riley-Day; ataques agudos de porfiria após tiopental. (2) Negro americano: diferentes abordagens terapêuticas, hipertensäo arterial essencial advêm da pior resposta aos anti-hipertensivos de IECA, inibidores do AT1, bloqueadores beta e à clonidina, contrastando com a melhor resposta anti-hipertensiva dos diuréticos, antagonistas de canais de cálcio e clarvedilol; açäo vasodilatadora atenuada do isoproterenol (beta2) e uma maior resposta vasodilatadora à nitroglicerina sublingual; menor açäo fibrinolítica do t-PA; recuperaçäo mais lenta da anestesia venosa pela associaçäo de remifentanil e propofol; menor glicuronidaçäo do paracetamol e menos analgesia da codeína nos fracos metabolizadores (CYP2D6); a melanina retarda o início da analgesia epidérmica do creme anestésico EMLA; menor midríase pela adrenalina; maior broncoespasmo à metacolina em crianças asmáticas; deficit da G-6-PD nas hemácias eleva o risco de hemólise a drogas oxidativas (10 por cento da populaçäo negra). (3) Asiáticos: alteraçöes cinéticas tóxicas da meperidina e codeína; maior duraçäo da ansiólise do diazepam; espasmo coronariano pela injeçäo de metilergonovina no pós-parto; inter-relaçäo do receptor GABA, das desidrogenases e do comportamento de beber nipônico, contribui para sua maior sensibilidade etanólica. Isoenzimas do citocromo P450 apresentam polimorfismo genético no metabolismo de neuropsicotrópicos e a lenta acetilaçäo da N-acetiltransferase na populaçäo equatorial (95 por cento) aumenta a toxicidade de isoniazida e hidralazina. CONCLUSÖES: A presente revisäo pretende dar algumas respostas específicas na área da idiossincrasia anestésica relacionada ao efeito da etnicidade sobre a farmacocinética, a farmacodinâmica das drogas e a segurança do paciente cirúrgico, objetivando otimizar uma neuropsicofarmacologia...
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Humanos , Farmacocinética , Etnicidade , Idiossincrasia , Fatores Raciais , AnestesiaRESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os autores fazem uma análise histórica de nove premissas inerentes à prática anestésica que já estäo referenciadas na Bíblia há mais de 3.000 anos (Velho Testamento). Drogas anestésicas e adjuvantes, pacientes, atitudes e técnicas do anestesiologista säo discutidas à luz da Bíblia e da ciência moderna. CONTEUDO: Para facilitar a compreensäo, as nove premissas estudadas estäo correlacionadas com o livro citado da Bíblia: I - Jeová, o pioneiro da anestesia inalatória - Gên 2; II- Efeito hipnótico e amnéstico do álcool - Prov. 20, Gên. 19, Marc. 15; III - O Caos e a Cronobiologia relacionados à Anestesia - Gên. 1, Ecles. 3; IV - A Estereoisomeria dos anestésicos - Ecles. 42, Gên. 1; V - A ressuscitaçäo cardiorrespiratória realizada por Elias e Eliseu - Gên. 2; Reis III 17, Reis IV 4; VI - A tocoanalgesia - Gên. 3, Apoc. 12, Gên. 35 e morte materna pós-parto de Raquel - Ex. 1; VII - A "proibiçäo de comer" ou transfundir sangue na testemunha de Jeová - Lev. 7,17; VIII - A acidose no tratamento de convulsäo epiléptica - Mat. 17; IX - Da morte na cruz por choque hipovolêmico - Marc. 15, João 19. CONCLUSÕES: De acordo com as premissas anestésicas discutidas, a leitura da Bíblia sem a ótica fundamentalista mostra näo haver incompatibilidade entre religiäo, ciência e anestesia, exceto a interpretaçäo da testemunha de Jeová sobre o Levítico, acreditando na perda da vida eterna porque o sangue transfundido é uma comida impura proibida por Jeová
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Anestesia , Judaísmo , Religião e Medicina , Anestesia por Inalação , Transfusão de Sangue , Cronobiologia , Epilepsia , Hipovolemia , Reanimação Cardiopulmonar , EstereoisomerismoRESUMO
Justificativa e objetivos - Recentemente, o uso de chás medicinais ð infusões, decoctos, tisanas, tinturas ð ou medicamentos de origem vegetal vem sendo retomado de maneira sistemática e crescente na profilaxia e tratamento das doenças, ao lado da terapêutica convencional, na maioria dos países ocidentais. A presente revisäo objetiva analisar as principais plantas que serviram como base de progresso para a moderna terapêutica anestesiológica através de sua utilizaçäo como modelos moleculares para síntese orgânica na moderna química fina de ponta, bem como fornecer mais embasamento sobre benefícios, potenciais efeitos adversos, interações e risco de efeitos colaterais que possam afetar o ato anestésico no paciente cirúrgico usuário habitual de fitoterapia. Conteúdo - Considerações anestesiológicas selecionadas säo discutidas focalizando uma pequena revisäo sobre ervas medicinais mais populares que foram essenciais no desenvolvimento de uma farmacologia anestesiológica e, ainda, as potenciais interações de plantas medicinais usadas por pacientes para tratar suas doenças ou controlar seus sintomas com drogas sintéticas usadas na anestesia. Conclusões - Enquanto a Medicina especializada fascinaðse cada vez mais com a tecnologia avançada de novos fármacos e de fantásticos monitores, cresce em vários países o número de pacientes que desejam uma abordagem mais holística com rejeiçäo dos modernos métodos de tratamento, optando por chás, meditações, dietas vegetarianas, antiðoxidantes, entre outros. Cabe ao anestesiologista avaliar quanto o conhecimento de farmacognosia e de farmacobotânica pode ajudáðlo na prática anestésica e, principalmente, na segurança de seu paciente
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Analgesia , Anestesia , Interações Medicamentosas , Medicina Herbária , Plantas MedicinaisRESUMO
Justificativa e Objetivos - A cardiotoxicidade da bupivacaína racêmica (50:50) ainda é a gramde variável relacionada à segurança de indicação nos bloqueios regionais que exigem massas e volumes elevados. Recentes experimentações em animais sugerem que a modificação da relação enantiomérica da bupivacaína racêmica poderia contribuir para sua eficácia terapêutica e diminuição de sua toxicidade potencial. O objetivo do presente estudo foi comparar a eficiência da mistura enantiomérica de bupivacaína (S75-R25) com a levógira pura S(ð100) na anestesia peridural lombar para cirurgias de varizes dos membros inferiores. Método - O estudo envolveu 30 pacientes do sexo feminino com idades entre 15 e 65 anos, estado físico ASA I ou II, programados para cirurgia eletiva de varizes. Em teste aleatório e duplamente encoberto, os pacientes foram divididos em dois grupos de 15: Grupo S75-R25 ð 20 ml (100 mg) de mistura enantiomérica de bupivacaína levógira S(ð100 por cento) a 0,5 por cento sem adjuvante. Foram comparadas as características dos bloqueios sensitivo e motor bem como a incidência de efeitos colaterais. Resultados - Foram detectadas diferenças intergrupais relacionadas às características demográficas e um maior tempo cirúrgico no grupo S75ðR25. A dispersão mais rápida e a menor potência analgésica da mistura isomérica exibiram significância estatística. Não houve diferença significativa relacionada à ocorrência de efeitos colaterais. O grupo levógiro apresentou menor relaxamento muscular. Conclusões - A redução da incidência de efeitos colaterais, a receptividade do método pelos pacientes, a ausência de sintomatologia neurológica transitória pósðoperatória apontam para a aplicação segura de ambas as soluções em anestesia peridural lombar para cirurgia de varizes dos membros inferiores. A casuística, entretanto, não é ainda suficiente para permitir conclusões definitivas
Assuntos
Humanos , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Feminino , Anestésicos Locais/uso terapêutico , Período de Recuperação da Anestesia , Anestesia Epidural , Bupivacaína/administração & dosagem , Bupivacaína/efeitos adversos , Bupivacaína/farmacologia , Procedimentos Cirúrgicos Eletivos , VarizesRESUMO
Justificativa e objetivos - Os isômeros óticos levógiros da ropivacaína e da bupivacaína exibem menor toxicidade sistêmica. Apesar de estruturalmente semelhantes, apresentam diferenças farmacológicas. Exibem alto índice terapêutico por sua menor cardiotoxicidade, menor bloqueio motor, açäo vasoconstritora intrínseca e menor ardor à infiltraçäo. Säo poucas as referências sobre o seu emprego em raquianestesia. O objetivo deste estudo foi comparar a qualidade do bloqueio sensitivo, motor e intercorrências entre a ropivacaína a 0,5 por cento (15mg/3ml) e levobupicaína a 0,5 por cento (15mg/3ml) isobáricas e sem vasoconstrictor na raquianestesia para cirurgia de membros inferiores. Método - Participaram do estudo 30 pacientes com idades entre 16 e 65 anos, estado físico ASA I ou II, programados para cirurgia eletiva de membros inferiores. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos de 15: Grupo Ropi 0,5 por cento: (3ml/15mg de ropivacaína a 0,5 por cento) e o Grupo Levobuni 0,5 por cento: (3ml/15mg de levobupivacaína). Foram pesquisadas as características do bloqueio sensitivo motor, efeitos colaterais, bem como a incidência de cefaléia pós-punçäo da duramáter e sintomas neurológicos transitórios, no pós-operatório. Resultados - Näo foram verificadas diferenças estatisticamente significativas para a maioria das variáveis pesquisadas. O tempo para o aparecimento de dor espontânea na regiäo operada (4,5ñ1,4h) e a reversäo total do bloqueio motor(3,5ñ1,4h) foram significativamente maiores no grupo levobupi 0,5 por cento. Foi mínima a incidência de efeitos colaterais, näo ocorreram sinais de neurotoxicidade e a necessidade de administraçäo de sedativos no per-operatório foi maior no grupo Ropi 0,5 por cento. Conclusöes - A ropivacaína a 0,5 por cento e a levobupivacaína a 0,5 por cento isobáricas, sem vasoconstritor por via subaracnóidea, proporcionaram analgesia e bloqueio motor suficientes para a realizaçäo de cirurgias nos membros inferiores sem aumento de efeitos colaterais
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Anestésicos Locais/administração & dosagem , Raquianestesia , Bupivacaína/administração & dosagem , Membro Posterior , Bloqueio NervosoRESUMO
Justificativa e objetivos: a levobupivacaina proporciona menor bloqueio e menor cardiotoxicidade comparada à sua forma racêmica. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da associaçäo da levobupivacaína em concentraçöes diferentes e volume fixo com a morfina e o sufentanil por via peridural em maximizar a analgesia cirúrgica em cesarianas. Método: o estudo envolveu 30 parturientes com idades entre 17 e 37 anos, gestaçäo a termo, estado físico ASA I, submetidas à cesariana eletiva por desproporçäo céfalo-pélvica. Foram excluídas todas as variáveis ralacionadas a sofrimento fetal. As parturientes foram aleatoriamente divididas em dois grupos. O grupo I (n=15) recebeu 24ml de uma soluçäo de morfina (2mg) e 4ml de uma soluçäo de sufentanil (20µg), correspondendo a um volume total de 30ml e a uma concentraçäo final de 0,48 por cento. Ao grupo II (n=15) foram administrados 28 ml de uma soluçäo de levobupivacaína a 0,6 por cento, associada a 2ml de uma soluçäo de morfina (2mg), correspondendo a um volume total de 30ml e a uma concentraçäo final de 0,56 por cento. Foi realizado bloqueio peridural lombar em L3-L4 com a paciente em posiçäo sentada e injetada a mistura anestésica. Foram pesquisadas as características do bloqueio sensitivo e motor, o aparecimento de efeitos colaterais, bem cono a vitalidade fetal. Resultados: a analgesia per e pós-operatória foi de boa qualidade, bem como adequada à proteçäo do binômio materno-fetal. A diferença mais evidente entre os grupos ocorreu na solicitaçäo de analgésico nas primeiras 24 horas de pós-operatório. Excetuando-se as diferenças intergrupais significativas relacionadas à sonolência, foi mínima a incidência de efeitos colaterais. As intercorrências clínicas adversas no per-operatório näo foram clinicamente relevantes a ponto de comprometer o êxito da cirurgia, o conforto das pacientes e a vitalidade fetal. Conclusöes: embora necessitando corroboraçäo através de mais ensaios clínicos com concentraçöes mais elevadas e outras associaçöes farmacológicas, as evidências atuais sugerem a exequibilidade do método em cesarianas
Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Gravidez , Analgésicos Opioides/administração & dosagem , Analgésicos Opioides/efeitos adversos , Analgésicos Opioides/uso terapêutico , Anestesia por Condução , Anestesia Epidural , Bupivacaína/administração & dosagem , Bupivacaína/efeitos adversos , Cesárea , Anestesia Local , Bloqueio Neuromuscular , Sufentanil/administração & dosagem , Sufentanil/efeitos adversos , Sufentanil/uso terapêuticoRESUMO
Justificativa e objetivos: a ropivacaína exibe maior índice terapêutico por sua menor cardiotoxidade, menor bloqueio motor, açäo vasoconstrictora intrínseca e menor ardor à infiltraçäo. O obtivo deste estudo foi comparar a qualidade do bloqueio sensitivo e motor entre duas diferentes concentraçöes de ropivacaína, sem adjuvantes, na raquianestesia para cirurgia ortopédica de membros inferiores. Métodos: participaram do estudo 30 pacientes com idades entre 16 e 65 anos, estado físico ASA I ou II, programados para cirurgia ortopédica eletiva de membro inferior, sob anestesia subaracnóidea com ropivacaína em diferentes concentraçöes. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos de 15: grupo R0,4 por cento que recebeu 3ml(15mg) de ropivacaína a 0,5 por cento e grupo R0,75 por cento que recebeu também 3ml(22,5mg) de ropivacaína a 0,75 por cento. Foram avaliados e comparados os seguintes parâmetros: latência, nível superior do bloqueio, tempo máximo de dispersäo cranial, duraçäo da analgesia e a latência e duraçäo do bloqueio motor. Foram anotados também o grau de satisfaçäo dos pacientes e os efeitos colaterais. Resultados: no grupo R0,75 por cento a latência dos bloqueios sensitivo e motor foram menores. O tempo máximo de dispersäo cranial, a duraçäo da analgesia e o tempo de reversäo do bloqueio motor foram maiores nesse grupo. Näo houve diferença significativa entre os grupos quanto ao nível do bloqueio. O grau de satisfaçäo dos pacientes foi idêntico. Conclusöes: a ropivacaína a 0,5 por cento e a 0,75 por cento por via subaracnóidea proporciona boa analgesia e bloqueio motor suficientes para finalidade cirúrgica, mas a forma mais concentrada exibe maior atividade sem aumento de efeitos colaterais
Assuntos
Anestésicos Locais/administração & dosagem , Raquianestesia , OrtopediaRESUMO
Justificativa e objetivos - a maioria dasw funçöes orgânicas apresenta variaçöes farmacodinâmicas e farmacocinéticas controladas por sincronizadores externos e osciladores internos. O objetivo deste estudo foi verificar a variaçäo circadiana nos efeitos da associaçäo do etomidato com o fentanil em quatro períodos do dia, em pacients submetidas a anestesia para curetagem uterina. Métdo - participaram do estudo 24 pacientes, com idade entre 15 e 35 anos, estado físico ASA I, submetidas a anestesia venosa com etomidato (0,3 mg.kg elevado a menos um), para curetagem uterina de curta duraçäo, após a administraçäo prévia de fentanil - 2 µg.kg elevado a menos um (1º min.) e lidocaína - 0,5 mg.kg elevado a menos um (4º min.). Após a injeçäo de etomidato foram verificados o período de induçäo, o tempo de sono e o aparecimento de efeitos colaterais em cada hora do dia, sendo as pacientes agrupadas em quatro períodos para efeito comparativo dos resultados (manhä, tarde, noite, madrugada). Resultados - no período da madrugada observou-se induçäo mais rápida (43,3 ñ 6 s) com tempo de sono (12,2 ñ 2 min.) e inconsciência (13,2 ñ 2 min.) mais prolongados, mas sendo mais freqüente a apnéia. A tarde, ao lado de intensas mioclonias (83,3 por cento), näo se observou dor à injeçäo ou apnéia. De manhä, 23 das pacientes necessitaram de dose hipnótica complementar. Conclusöes - o etomidato associado ao fentanil induz hipnose noturna mais intensa e com grande estabilidade hemodinâmica, mas com freqüência variável de efeitos colaterais: à tarde, predominam as mioclonias e à noite, a apnéia. Há variaçäo circadiana no efeito hipnótico do etomidato para curetagem uterina.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Anestesia Intravenosa , Ritmo Circadiano/efeitos dos fármacos , Dilatação e Curetagem , Etomidato/administração & dosagem , Etomidato/efeitos adversos , Fentanila/administração & dosagem , Fentanila/efeitos adversos , Lidocaína/administração & dosagem , Medicação Pré-Anestésica , AnestesiaRESUMO
Justificativa e objetivos - A S(-)bupivacaína e a S(-)ropivacaína proporcionam menor cardiotoxidade e bloqueio motor quando comparadas às suas formas racêmicas. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia da analgesia e bloqueio motor da levobupivacaína e da ropivacaína a 0,45 por cento associadas a morfina e sufentanil em peridural para cesarianas. Método - O estudo envolveu 30 parturientes com idade 16 e 40 anos, gestaçäo a termo, ASAI, submetidas à cesariana eletiva sob anestesia peridural. As parturientes foram aleatoriamente divididas em dois grupos. O grupo I (n=15) recebeu 27 ml de uma soluçäo de levopubivacaína a 0,5 por cento associada a 2 mg de morfina (2 ml) e 25 µg de sufentanil (1 ml), correspondendo a um volume total de 30 ml e concentraçäo final de 0,45 por cento. No grupo II (n=15) foi administrada soluçäo de ropivacaína a 0,5 por cento, morfina e sufentanil com volume, massa e concentraçäo final idênticas. Foram pesquisadas as características do bloqueio sensitivo e motor, o aparecimento de efeitos colaterais, bem como a vitalidade fetal. Resultados - foi alta a incidência de desconforto durante a limpeza da cavidade peritoneal, após a histerorrafia, especialmente no grupo de levobupivacaína. A intensidade do bloqueio motor näo ultrapassou ao grau I (Bromage) na maioria dos casos. Foi mínima a incidência de efeitos colaterais. Conclusöes - embora haja necessidade de mais ensaios clínicos com concentraçöes mais elevadas, as evidências relatadas sugerem a exequibilidade de aplicaçäo de ambos enantiômeros associados a opióides em cesarianas
Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Adolescente , Adulto , Analgésicos Opioides/administração & dosagem , Anestesia Epidural , Bupivacaína/análogos & derivados , Cesárea , Combinação de Medicamentos , Anestésicos LocaisRESUMO
Justificativa e objetivos: a ropivacaína é um anestésico local estruturalmente relacionado a bupivacaína. Embora a duraçäo e extensäo do bloqueio sensitivo sejam similares, a ropivacaína apresenta maior índice terapêutico por sua menor cardiotoxicidade. Apesar de empregada nos diversos métodos de anestesia regional, a sua utilizaçäo por via subaracnóidea tem sido ainda pouco explorada. O objetivo deste estudo foi comparar a qualidade do bloqueio sensitivo e motor entre a ropivacaína e a bupvacaína recêmica isobáricas a 0,5 por cento sem vasoconstrictor na raquianestesia para cirurgia ortopédica de membros inferiores. Método: participaram do estudo 30 pacientes com idade entre 16 72 anos, estado físico ASA I ou II, programados para cirurgia ortopédica eletiva de membros inferiores. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos de 15: grupo BUPI: (3ml - 15mg de bupivacaína racêmica a 0,5 por cento) e grupo ROPI: (3ml - 15mg - de ropivacaína a 0,5 por cento). Foram pesquisadas as características do bloqueio sensitivo e motor, bem como o aparecimento de efeitos colaterais. Resultados: näo houve diferenças significativas com relaçäo ao nível máximo de bloqueio sensitivo, nem com o tempo para atingi-lo. O tempo para aparecimento de dor näo estimulada na regiäo operada e a duraçäo do bloqueio motor foi menor no grupo da ropivacaína. Conclusäo: a ropivacaína a 0,5 por cento por via subracnóidea proporciona boa analgesia e bloqueio motor suficiente para finalidade cirúrgica
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Anestésicos Locais/administração & dosagem , Anestésicos Locais/farmacologia , Raquianestesia , Bupivacaína/administração & dosagem , Bupivacaína/farmacologia , Relação Dose-Resposta a Droga , Extremidades/cirurgiaRESUMO
Justificativa e objetivos - a bupivacaína racêmica RS(ñ) apresenta dois isômeros ópticos: o dextrógiro D(+) e o levógiro S(-), que é menos cardiotóxico. A finalidade deste trabalho foi comparar a eficácia entre a bupivacaína racêmica e a levógira na anestesia peridural lombar para cirurgia de varizes. Método - o estudo envolveu 30 pacientes com idades entre 15 e 65 anos, estado físico ASA I ou II, programados para cirurgia eletiva de varizes dos membros inferiores. Em teste aleatório e duplamente encoberto, os pacientes foram divididos em dois grupos de 15: Grupo racêmico (20ml - 100mg de bupiracêmica pura a 0,5 por cento sem adjuvante). Foram comparadas as características do bloqueio sensitivo e motor bem como a incidência de efeitos colaterias. Resultados - näo houve diferença significativa em relaçäo a latência, a qualidade, ao nível máximo do bloqueio sensitivo e a duraçäo da analgesia obtidos. O bloqueio motor foi significativamente mais intenso no grupo da bupivacaína racêmica. Foi mínima a incidência de efeitos colaterais em ambos os grupos