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1.
Rev. bras. hipertens ; 24(4): 173-177, 20171210.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1380168

RESUMO

A Coarctação de Aorta (CoA) é uma doença congênita que causa estreitamento do vaso ao longo de seu trajeto. Corresponde aproximadamente 5% das doenças cardíacas congênitas. A CoA frequentemente ocorre no arco distal ou na região descendente. As manifestações clínicas são diversas, sendo a hipertensão arterial um marcador importante de gravidade e lesões em orgãos-alvo. Muitos apresentam cefaleia, tontura, pulsação da cabeça e pescoço, fraqueza, claudicação de membros inferiores. Os aneurismas cerebrais correspondem a 50% nos pacientes com CoA, descritos em 1871 por Eppinger. A fisiopatologia é incerta, contudo é de conhecimento o baixo risco de ruptura e que seu tamanho é menor que os demais aneurismas. Raramente os aneurismas são encontrados em pessoas acima de 50 anos sendo mais comum entre 20-30 anos. Os pacientes que sobrevivem após os dois anos sem intervenção evoluem sem complicações nas maioria dos casos. Relato de Caso: paciente, 46 anos, engenheiro e jogador de futebol de salão master federado desde os 15 anos de idade. Apresentou-se na emergência com quadro de cefaleia de forte intensidade, a pior da vida, com paraparesia de membros inferiores, náuseas e vômitos. Ao exame físico estava em mal estado geral, sopro sistólico contínuo em região interescapular e sopro em diamante em região de precordio, pressão arterial de 180 x100 mmHg, normocardio, força muscular grau 2 em membros inferiores, ausência de pulsos pediosos em membros inferiores e anisocoria. Realizado tomografia de crâneo que evidencia a hemorragia subaracnoidea fisher 2, posteriormente com a angiotomografia cerebral constatou dois aneurismas saculares. Realizado eletrocardiograma, ecocardiograma e fundo de olho sem lesões de órgãos-alvo. Devido à característica do sopro evidenciado no exame e ao Rx de tórax com Sinal de Rosler e 3 invertido solicitou-se uma angiotomografia de aorta que mostrou uma CoA da aorta descendente. Comentários: o caso apresentando apresenta um paciente de 46 anos, jogador de futebol profissional sem sintomas até o presente momento, em tratamento irregular para hipertensão arterial desde os 24 anos de idade. Na grande maioria dos casos de CoA os pacientes adultos jovens e idosos evoluem com lesões de órgãos-alvo e complicações decorrentes da hipertensão de longa data. O presente caso demonstra a necessidade de um exame físico completo, a investigação ativa de hipertensão secundária em pacientes jovens


Coarctation of the Aorta (CoA) is a congenital disease that causes narrowing of the vessel along its way. Measure up 5 % of congenital heart disease. CoA often occurs in the distal arch or descending aorta. Clinical manifestations are diverse, arterial hypertension being an important marker of severity and lesions in organs, many show with headache, dizziness, pulsation of the head and neck, weakness, claudication of the legs. Described in 1871 by Eppinger, Cerebral aneurysms correspond to 50% in patients with CoA. Rarely, aneurysms are found in people over 50 years of age and are more common in the 20-30 year age group. Patients who survive without the necessity of intervention, after two years, have being develop uncomplicated. Case Report: patient, 46 years old, engineer and federated master soccer player since 15 years old. Admited in the emergency department reporting the worst headache of his life, associated, paraparesis of lower limbs, nausea and vomiting. At physical exam: continuous systolic murmur in interscapular region and diamond shaped systolic murmur at precordium. Arterial blood pressure was 180 x100 mmHg, normocardium, muscle strength level 2 in lower limbs , absence of pedis's pulses in lower limbs and anisocoria. Cranial CT scan showed hemorrhage subarachnoid (Fisher 2) and the cerebral angiotomography revealed two saccular aneurysms. Electrocardiogram, echocardiogram and fundus of the eye without lesions. Owing to the characteristic of the murmur evidenced at physical exam and the Rosler's Signal, "3 Sign" seen and at chest X- Ray, an aortic angiotomography was performed which showed a Coa of the descending aorta. Conclusion: the case presents a patient of 46 years, professional soccer player with no symptoms until the present moment, in irregular treatment for hypertension since the 24 years of age. In majority of cases of CoA, young-adult and elderly patients develop with target organ damage and complications resulting from long-standing hypertension. Therefore, a complete physical examination, the active investigation of secondary hypertension in young patients, becomes essential.


Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Coartação Aórtica/diagnóstico , Aneurisma/diagnóstico
2.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 25(4): 194-199, out.-dez.2015. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-789230

RESUMO

As extrassístoles ventriculares (EV) são conhecidas desde o século VII AC, e até o momento existem dúvidas pelos clínicos e mesmo entre grande número de cardiologistas,sobre como abordá-las e consequente terapêutica. Nas últimas décadas surgiram evidências relatadas em trabalhos com grande número de pacientes e em diretrizes devárias sociedades de que as EV em indivíduos sem cardiopatia estrutural, após avaliaçãopor métodos diagnósticos disponíveis, não necessitam de maiores preocupações, já queos riscos de morte se equivalem a uma população normal ou mesmo aos coronarianos com lesões arteriais discretas. Isso equivale a dizer, os assintomáticos não necessitam de nenhum tratamento específico, e se apresentarem sintomas decorrentes da arritmia, apenas terapia com β-bloqueadores e aconselhamento médico. Porém, assintomáticos portadoresde EV com possibilidades de desenvolver quadros clínicos mais severos, devem ter uma abordagem mais criteriosa. Assim, devem submeter-se a avaliação clínica detalhada e talvez emprego de terapia específica, com medicamentos antiarrítmicos e até ablação por cateter, portadores de EV assintomáticos quanto à arritmia, quando esta for frequente– acima de 500 EV por hora – com cardiopatia estrutural, eletrocardiograma com evidênciasde alterações eletrogenéticas, miocardiopatia dilatada e hipertrófica, possibilidade de indução de arritmias ventriculares malignas e fração de ejeção em fase de deterioração...


Premature ventricular contractions (PVC) were first described in the 7th Century BC,but until now, there are doubts among medical professionals, and even among many cardiologists, as to how to address them, or the best conduct for their treatment. In recente decades, evidence has emerged from large clinical trials, and the guidelines of various societies, that PVC in individuals without structural heart disease, after evaluation by the available diagnostic methods, are not a cause for major concern, as the risk of death is equivalent to that of the normal population, or even coronary patients with mild arterial lesions.This means that asymptomatic patients do not require any specific treatment, and if they present symptoms resulting from the arrhythmia, therapy with β-blockers alone, and medical guidance, are advised. However, asymptomatic patients with PVC with the possibility of developing more severe clinical conditions should be more carefully investigated.Patients with asymptomatic PVC in terms of arrhythmia should therefore be submitted to adetailed clinical evaluation, possibly with specific therapy, with antiarrhythmic medications and even catheter ablation, in cases where the arrhythmia is frequent – above 500 PVC per hour – with structural heart disease, electrocardiogram with evidence of electrogenetic alterations, dilated and hypertrophic myocardiopathy, possibility of induction of malignant ventricular arrhythmias, and ejection fraction in the deterioration phase...


Assuntos
Humanos , Complexos Ventriculares Prematuros/diagnóstico , Complexos Ventriculares Prematuros/terapia , Doenças Assintomáticas/terapia , Eletrocardiografia/métodos , Arritmias Cardíacas/diagnóstico , Arritmias Cardíacas/terapia , Esforço Físico , Fatores de Risco , Hipertrofia Ventricular Direita/diagnóstico , Hipertrofia Ventricular Direita/terapia , Ventrículos do Coração
3.
Arq. bras. cardiol ; 86(1): 19-25, jan. 2006. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-420638

RESUMO

OBJETIVOS:Estudar a evolução das lesões do sistema de condução do coração, por meio de estudos eletrofisiológicos (EEF) invasivos, o impacto dessas alterações nos eventos cardiovasculares (ECV) e a freqüência desses eventos em pacientes com cardiopatia chagásica crônica. MÉTODOS: Estudo prospectivo iniciado em 1979, com seguimento clínico até 2000, com participação de 28 pacientes chagásicos crônicos, com idade entre 18 e 65 anos, portadores de bloqueios de ramo e/ou bloqueios atrioventriculares (AV). Os pacientes foram submetidos a dois EEF, com intervalo de tempo mínimo de 4 anos, sendo estudados 5 parâmetros eletrofisiológicos, que foram correlacionados com ECV. Holter de 24 horas e ecocardiograma foram realizados. RESULTADOS: O tempo médio de seguimento após o 1º EEF foi de 154,5 meses, enquanto o intervalo entre os EEF foi de 107,5 meses. A idade variou entre 25 e 65 anos. Vinte e sete pacientes apresentavam bloqueio completo de ramo direito, associado ou não a bloqueio divisional ântero-superior esquerdo. O ecocardiograma foi alterado em 12 pacientes. Ao Holter de 24 horas e à estimulação ventricular, apenas um paciente apresentou TVS. Nove apresentaram ECV e somente o intervalo HV >70 ms apresentou relação estatisticamente significante com esses eventos. CONCLUSÕES: a) A forma crônica da doença de Chagas apresenta diferentes porcentagens de anormalidades evolutivas nas variáveis eletrofisiológicas, sendo a mais freqüente a alteração no PW. b) Entre os achados eletrofisiológicos, somente o intervalo HV > 70 ms relacionou-se com ECV. c) A incidência de ECV foi de 31,1 por cento seguimento médio de 154,5 meses.


Assuntos
Humanos , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Cardiomiopatia Chagásica/fisiopatologia , Sistema de Condução Cardíaco/fisiopatologia , Doença Crônica , Eletrocardiografia , Seguimentos , Bloqueio Cardíaco/fisiopatologia , Estudos Prospectivos
4.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 14(2): 239-249, mar.-abr. 2004.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-406402

RESUMO

Nos últimos anos, a morte súbita tem sido extensivamente estudada porque é responsável por centenas de milhares de eventos fatais, principalmente nos países desenvolvidos e/ou em desenvolvimento, acometendo pessoas cada vez mais jovens, não raramente com destaque na mídia. Mister se faz avançar cada vez mais na direção de identificar indivíduos sob risco, derivando daí sua possível prevenção. Neste artigo são revistas as principais causas de morte súbita bem como os métodos possíveis empregados para a identificação de pessoas suscetíveis. Não será delineada a totalidade de causas conhecidas de morte súbita porque nem todas são passíveis de estratificação de risco (por exemplo, alterações hidroeletrolíticas). Entre as causas mais importantes serão discutidos os aspectos relativos à doença isquêmica cardíaca, às cardiomiopatias hipertrófica e dilatada, às síndromes eletrogenéticas, às que acometem indivíduos com coração estruturalmente normal, aos distúrbios do sistema excitocondutor e aos tumores cardíacos


Assuntos
Humanos , Adulto , Arritmias Cardíacas , Isquemia Miocárdica/fisiopatologia , Cardiomiopatias/complicações , Cardiomiopatias/diagnóstico , Cardiomiopatias/fisiopatologia , Cardiomiopatias/mortalidade , Cardiomiopatias/prevenção & controle , Morte Súbita/patologia , Morte Súbita/prevenção & controle , Infarto do Miocárdio/fisiopatologia , Infarto do Miocárdio/mortalidade , Infarto do Miocárdio/prevenção & controle
5.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 13(5): 627-642, set.-out. 2003. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-364537

RESUMO

Variações da freqüência cardíaca são normais, dependendo de uma situação de momento, como esforço físico, emoções e tudo que provoque alteração do sistema nervoso autônomo. Contudo, quando uma bradicardia sinusal não consegue manter as necessidades fisiológicas do organismo para cada situação, é considerada como anormal, caracterizando disfunção do nódulo sinusal. Do ponto de vista prático, as disfunções sinusais podem englobar as alterações próprias do nódulo sinusal, os bloqueios sinoatriais, a síndrome bradi-taquicardia e a hipersensibilidade do seio carotídeo. As causas mais comuns são os processos degenerativos crônicos, como a esclerose do sistema excitocondutor, doença isquêmica cardíaca aguda ou crônica, disfunções autonômicas, como na doença de Chagas, e diabete. A avaliação diagnóstica pode ser feita por meio do quadro clínico, que se apresenta com astenia, fraqueza, dispnéia, intolerância ao esforço e/ou episódios de claudicação cerebral, como tonturas, pré-síncope e síncope. Como métodos auxiliares, podem ser utilizados eletrocardiografia, convencional ou de longa duração, como a gravação ambulatorial (Holter), testes farmacológicos com atropina, teste ergométrico e estimulação atrial. O tratamento pode ser feito por meio de fármacos, principalmente as disfunções agudas (fase aguda do infarto do miocárdio, intoxicações exógenas), ou utilizando-se a estimulação cardíaca, temporária ou definitiva. Estimulação cardíaca definitiva ideal é a que estimula exclusivamente o átrio, mas nos casos que demonstram anomalia da condução atrioventricular simultânea há necessidade de emprego de dupla câmara. A evolução a longo prazo costuma ser boa e depende da cardiopatia de base ou do modo inadequado de estimulação cardíaca definitiva, com possibilidades de aparecimento de insuficiência cardíaca e fenômenos tromboembólicos.


Assuntos
Humanos , Arritmia Sinusal , Bradicardia , Estimulação Cardíaca Artificial , Doença de Chagas , Diabetes Mellitus , Eletrocardiografia , Eletrocardiografia Ambulatorial , Teste de Esforço , Isquemia Miocárdica , Marca-Passo Artificial , Bloqueio Sinoatrial
7.
Rev. Soc. Bras. Med. Trop ; 32(6): 621-31, nov.-dez. 1999. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-259917

RESUMO

Estudo prospectivo para avaliar o potencial evolutivo, a longo prazo, dos transtornos da conduçäo intraventricular em indivíduos chagásicos e näo chagásicos assintomáticos. Foram submetidos a estudo eletrofisiológico, por metodologia convencional 84 indivíduos portadores de bloqueio de ramo direito ou esquerdo, 55 chagásicos e 29 näo chagásicos. A idade média foi de 45 anos nos chagásicos e 63 nos näo chagásicos (p< 0, 00 1). Posteriormente, foram seguidos ambulatorialmente. O estudo eletrofisiológico näo mostrou diferenças estatisticamente significantes entre as médias das freqüências cardiacas basais dos dois grupos, bem como entre as médias dos intervalos AH, do tempo máximo de recuperaçäo do nódulo sinusal e do ponto de Wenckebach. A média do intervalo HV mostrou-se maior no grupo NCH (p< 0,001). Após seguimento médio de 121 meses nos chagásicos e 94 nos näo chagásicos (NS), observou-se que a mortalidade total entre os primeiros foi de 20 (36,7 por cento) pacientes e no segundo 9 (31 por cento) (NS). Morte de causa cardíaca e morte súbita foi documentada em 17 (85 por cento) indivíduos chagásicos e 3 (33,3 por cento) nos näo chagásicos (p< 0,05). Morte súbita ocorreu em 10 (50 por cento) nos chagásicos e näo observada entre os näo chagásicos (p< 0,01). Conclui-se que: 1. Os indivíduos chagásicos apresentaram maior mortalidade cardíaca súbita ou näo súbita, que os indivíduos näo chagásicos. 2. Os parâmetros eletrofisiológicos estudados näo tiveram valor prognóstico quanto à mortalidade, com a ressalva de que a estimulaçäo ventricular näo foi realizada


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Bloqueio de Ramo/etiologia , Prognóstico Clínico Dinâmico Homeopático , Cardiomiopatia Chagásica , Idoso de 80 Anos ou mais , Bloqueio Cardíaco/etiologia , Grupos Controle , Doença de Chagas/complicações , Eletrocardiografia , Eletrofisiologia , Morte Súbita Cardíaca/epidemiologia , Morte Súbita/epidemiologia , Marca-Passo Artificial , Estudos Prospectivos
8.
Arq. bras. cardiol ; 53(4): 225-227, out. 1989. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-86740

RESUMO

A esclerose tuberosa é uma doença neurológica com acometimento de vários órgäos, tendo como característica a tríade: adenomas sebáceos, rebaixamento mental e episia. Este relato consta de um caso de bloqueio A-V total em paciente com características clínicas clássicas de esclerose tuberosa em que foi realizada ampla investigaçäo semiológica. Apresentava quadros sincopais com eletrocardiograma mostrando bloqueio A-V total com complexos QRS com morfologia de bloqueio completo do ramo direito. O ecocardiograma evidenciava miocardiopatia, com comprometimento difuso do ventrículo esquerdo e a cinecoronariografia confirmou a alteraçäo do ventrículo esquerdo com coronárias normais. O estudo eletrofisiológico evidenciou bloqueio A-V total de localizaçäo pós-hisiana, com ritmo de escape idioventricular e complexos QRS com morfologia de bloqueio completo do ramo esquerdo. A funçäo sinusal e a conduçäo através do nó A-V eram normais e a estimulaçäo ventricular programada com até dois extra-estímulos näo induziu taquicardia ventricular. A biopsia miocárdica, à microscopia óptica e eletrônica, näo revelou alteraçöes. Foi tratado com marcapasso definitivo tipo VVI com boa evoluçäo clínica, em seguimento de 16 anos. Embora haja várias causas de bloqueio A-V, parece ser este o primeiro caso descrito de bloqueio A-V por esclerose tuberosa


Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Esclerose Tuberosa/complicações , Bloqueio Cardíaco/etiologia , Esclerose Tuberosa/diagnóstico , Eletrocardiografia , Miocárdio/patologia , Bloqueio Cardíaco/diagnóstico , Exame Neurológico
9.
Arq. bras. cardiol ; 48(3): 179-182, mar. 1987. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-42066

RESUMO

Mulher de 69 anos, sem antecedentes cardiológicos prévios, foi internada com história recente de perda de consciência. O eletrocardiograma apresentava bloqueio completo de ramo esquerdo e bloqueio atrioventricular (BAV) 2:1, com aparecimento espontâneo ou com o uso de atropina endovenosa, de um aumento do intervalo PR da onda P conduzida, até surgirem duas ondas P seguidas bloqueadas. A avaliaçäo eletrofisiológica mostrou ritmo sinusal com BAV post-Hisiano 2:1 e ocasionalmente aumento progressivo do intervalo PR dos batimentos conduzidos, às custas de um prolongamento HV, até surgirem 2 ondas A seguidas de H bloqueadas, caracterizando um BAV do 2§ grau do tipo Wenckebach de batimentos alternantes no sistema His-Purkinje. O mecanismo responsável por esta arritmia seria a existência de um período refratário muito aumentado na área atingida, pois, quando os intervalos entre os batimentos atriais säo longos, provocam resposta ventricular, e, quando curtos, säo bloqueados ou provocam resposta ventricular com intervalo HV aumentado. Por este motivo a arritmia é rara e só aparece quando o período refratário do sistema His-Purkinje está muito aumentado e a freqüência sinusal apresenta variaçöes importantes, havendo variaçöes no intervalo HV nos batimentos com resposta ventricular


Assuntos
Humanos , Feminino , Idoso , Atropina/administração & dosagem , Bloqueio Cardíaco/fisiopatologia , Sistema de Condução Cardíaco/fisiopatologia , Frequência Cardíaca/efeitos dos fármacos
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